António Vitorino defendeu que "atravessamos uma crise económica que resulta essencialmente da desregulação dos mercados financeiros, da especulação financeira internacional e do impacto que essa especulação teve na economia mundial, com custos sociais elevados, designadamente em matéria de desemprego. Ora, se há uma questão essencial com que a comunidade internacional esteja confrontada é com a necessidade de adoptar medidas de regulação do sector bancário e dos mercados financeiros para impedir que as mesmíssimas circunstâncias especulativas nos possam fazer de novo mergulhar numa crise do mesmo tipo".
Assim, o dirigente do PS afirmou que é "surpreendente que sobre as responsabilidades da supervisão, sobre a necessidade de maior coordenação internacional em relação ao funcionamento dos bancos que operam a nível transnacional, o principal partido da oposição em Portugal tenha achado por bem que era possível apresentar uma proposta de programa eleitoral sem dedicar sequer um parágrafo ou uma frase que seja à questão da regulação financeira internacional".
o ex-líder da JS Sérgio Sousa Pinto acusou "a direita de saltar olimpicamente sobre os efeitos da actual crise internacional" e de ter "uma fé cega no mercado". "Este programa eleitoral da direita podia ter sido escrito há 15 ou dez anos, com a mesma fé cega no mercado e a mesma mentalidade de seita, sem abertura para novas respostas. A direita provou que não tem qualquer resposta para responder aos problemas do nosso tempo".